LUANDA: MOTOTAXISTAS DENUNCIAM ROUBOS DE MOTORIZADAS


Os jovens que desenvolvem actividade de mototáxi, nos diversos bairros do  município dos Mulenvos, em Luanda, revelam o aumento de assaltos de motorizadas, nos últimos dias.

 Por: Angelino Katchama 

Os  bairros Ilunga, Cidade-Baixa e Postos, são algumas das zonas mais criticas apontadas pelos mototaxistas, que volte e meia,  vêm os seus meios serem roubados.

Os marginais, muitos dos quais jovens, para perpectrarem as suas acções, para além do uso de arma de fogo, maioritariamente, segundo testemunhas, fazem-se acompanhar de catanas e facas de cozinha. 

Os mototaxistas contam que, antes dos marginais anunciarem o assalto,  muitos usam as mulheres como “isca”,  que se fazem passar de passageiras. Estas, dirigem-se com a vítima ao ponto previamente acertado para consumar o acto, por isso, sobretudo as noites, exortam cuidados redobrados.

 Um dos jovens que recentemente perdeu o seu meio de trabalho nas mãos dos delinquentes, enfurecido, espera que o veículo motorizado,  um dia seja encontrado, a pesar da esperança ser reduzida.

 “Eu quero a minha motorizada”, clamou insistentemente ao longo da entrevista. 

Lopes, de 38 anos, residente no bairro Ilunga, faz da actividade de mototáxi, como o seu ganha pão. 

 Garante que por duas vezes foi assaltado e os marginais roubaram as motorizadas, que pertenciam ao seu “boss”. 

Um outro interlocutor, de 20 anos, identificado por Chinês, revelou que várias vezes efectuaram denúncia a polícia, mas o problema continua, facto corroborado pelo cidadão identificado por Zé, morador desde 2015, em um dos bairros do recém criado município dos Mulenvos. O mesmo acresceu que a pratica não é nova.

 “É triste o que vivenciamos no dia-a-dia”, disse o mototaxista Lopes, ao declarar a existência de um outro problema, que os dificulta trabalhar como almejavam: refere-se ao fenómeno gasosa.

O entrevistado, disse existir agentes da polícia, que insistem em solicitar dinheiro, sempre que são interpelados, não importa se estão devidamente documentados, para supostamente matabicharem, almoçarem e outros, falam de saldo.

Por outro lado, sublinham que há agentes da polícia, que procuram qualquer irregularidade para extorquir o motoqueiro e em casos mais graves, têm de pagar até 5 mil kwanzas, para reaverem a motorizada nas mãos dos efectivos.

 “Estes é que nos poderiam ajudar, mas roubam-nos mais”, lamentou.  

Redacção Ponto de Situação

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