PAPA APELA FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA A POPULAÇÃO NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO


Face ao agravar do conflito na República Democrática do Congo, entre o governo local e o grupo militar do MP3, apoiado pelo Ruanda, o Papa Francisco apelou as partes para porem fim a violência contra as pessoas e suas propriedades.

Na conclusão da Audiência Geral desta quarta-feira, 29, o líder da Igreja Católica, olhou com preocupação a situação na República Democrática do Congo, sobretudo numa altura em que o M23 ocupou o território do Goma. 

“Enquanto rezo pela pronta restauração da paz e da segurança, peço às autoridades locais e à comunidade internacional que façam todos os esforços para resolver com meios pacíficos a situação de conflito”, disse o Papa Francisco, que aproveitou para aconselhar as partes envolvidas na guerra, a colocarem um ponto final a violência contra a população e a destruição das suas propriedades.

Francisco, aconselha apostarem no diálogo, para o calar das armas definitivamente neste território africano.

Até ao momento, com os combates em curso,  vários cidadãos perderam a vida, outros ficaram feridos, as embaixadas estrangeiras estão a ser invadidas, bancos e supermercados assaltados.

A RDC tem sofrido conflitos permanentes nos últimos anos. Por exemplo, desde 2022 que o  M23 tem reforçado a sua presença em várias localidades da RDC, conquistando  uma grande área em Kivu do Norte, uma zona que faz fronteira com Ruanda e Uganda.

O grupo que diz lutar para defender os interesses dos tutsis, que em 2009, assinou um acordo de paz com o governo congolês e um dos pontos seria a inserção total dos seus membros ao Exército e a administração do país, o que segundo os responsáveis do M23, não veio acontecer.

Com agravar da guerra, tem sido visível o suporte do governo do Ruanda ao M23 e estima-se que cerca de 3 mil soldados ruandeses reforçaram este grupo armado, que luta contra o governo congolês.

 Este clima levou ao fim das relações entre os dois países, desde domingo, 27.

De salientar que nos últimos três dias de combate, morreram mais de 100 pessoas e cerca de mil ficaram feridas.

Redacção Ponto de Situação

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