VENÂNCIO MONDLENE PROMETE AGENDA DE GOVERNAÇÃO PARA CONDUZIR MOÇAMBIQUE NOS PRÓXIMOS CEM DIAS

Depois da tomada de posse, esta quarta-feira, 15, por parte do  presidente de Moçambique Daniel Chapo, Venâncio Mondlane declara que vai divulgar uma agenda de governação para os próximos 100 dias.

Venâncio Mondlane não desistiu da luta, como se levantou após o quinto líder deste país do índico, ser empossado pela presidente do  Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro.

Na tarde desta quarta-feira, o político, na sua Rede Social no Facebook, reiterou que a sua tomada de posse aconteceu há 9 de janeiro, por altura do seu regresso a Moçambique e teceu duras críticas a Daniel Chapo, acusando-o de ser um líder não eleito, mas sim, escolhido pelo Conselho Constitucional.

Venâncio Mondlane disse por sua vez, que a sua eventual tomada de posse, no aeroporto de Maputo, foi um acto público, com a presença em massa da população, diferente do seu adversário político, que diz ter  ocorrido num ambiente de várias restrições e "militarizado".

Venâncio Mondlane declarou no domingo, 12, que Moçambique poderia ser  liderado por dois presidentes, na eventualidade das autoridades não tiverem abertura ao diálogo e não aceitarem a  agenda proposta por si, com vista ao bem-estar dos moçambicanos.

Venâncio Mondlane, que garante ser o presidente eleito pelo povo, promete cumprir o seu juramento, feito há 9 de janeiro, que consiste em trabalhar para o país atingir o progresso nos próximos cinco ou 10 dez anos.

Para o diálogo com as autoridades, defendeu uma agenda, onde conste o compromisso nacional de construção de 3 milhões de casas em 5 anos e  uma verba de até 600 milhões de dólares  para empresários  que foram vítimas de vandalização.

"Compromisso nacional de uma linha de financiamento de até 500 milhões de dólares,  para micro e pequenas empresas de jovens (homens e mulheres) em 5 anos", é outra proposta que deixa em aberto, unindo a obrigatoriedade do governo em orientar a  libertação incondicional dos mais de 5 mil detidos durante as manifestações, bem como, oferta grátis de tratamento médico e medicamentoso para as pessoas feridas pela brutalidade da polícia, durante as manifestações.

Finalmente, Venâncio Mondlane, explicou que, o diálogo terá lugar caso haja um compromisso aberto e sincero, para a compensação financeira da população que perdeu seus parentes, durante os protestos.

Para tal, exige que seja levada ao parlamento, para a discussão e aprovação, de modo a que possa constar numa resolução ou lei, para maior segurança.

 AGENDA DE GOVERNAÇÃO

O político explicou que sexta-feira, 17, vai divulgar 100 medidas governativas para serem aplicadas nos primeiros 100 dias, acções estas, a serem executadas quer seja no sector público, como privado.

Venâncio Mondlane que continua a reivindicar os resultados e defender que é o presidente de Moçambique eleito pelo povo, desafiou o actual líder do país, Daniel Chapo, a cumprir de igual modo  agenda de governação que vai apresentar.

"Também vamos indicar como o povo vai se posicionar perante estas medidas", prometeu o político.

Com estas declarações de Venâncio Mondlene, a crise pós-eleitoral em Moçambique, poderá levar tempo para o seu fim.

 

Redacção Ponto de Situação

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