VENÂNCIO MONDLENE FALA NA POSSIBILIDADE DE MOÇAMBIQUE TER DOIS PRESIDENTES


O político Venâncio Mondlane, admitiu que a partir de quarta-feira, 15, Moçambique poderá ter dois presidentes e exorta as forças da ordem e de defesa para defender o povo, para que se evite a revolta popular.

 Como Moçambique pode ter 2 Presidentes? 

Esta foi uma das questões respondidas no domingo, 12, por  Venâncio Mondlane, candidato presidencial derrotado nas últimas eleições em Moçambique, de acordo aos dados divulgados pela Comissão Nacional de Eleições e pelo Conselho Constitucional.

O político, que está a ser considerado por vários moçambicanos como o novo Presidente da República, disse que vai cumprir com as suas palavras, de trabalhar para o progresso deste país, por concordar ser o líder eleito, no último pleito eleitoral.

"A soberania reside no povo. Portanto, nós faremos a vontade do povo", declarou Venâncio Mondlane, que desafiou a população a exibir cartazes na via pública, com o rosto do político que mereceu a confiança da maioria dos eleitores.

Venâncio Mondlane, reforçou que o concurso para a mudança da bandeira de Moçambique, o resultado  será conhecido nos próximos dias, mostrando mais uma vez, o que tem defendido que vai governar o país, a partir de 15 de janeiro.

Venâncio Mondlane, está convicto que é o presidente eleito pelos moçambicanos, enquanto que Daniel Chapo, é líder indicado pelo Conselho Constitucional.

No domingo, o seu assessor, Denis Tivane, numa publicação no Facebook, escreveu que o mandato de Filipe Nyusi terminou e a partir desta segunda-feira, terá inicio a de Venâncio Mondlene. A publicação vem, depois de já ter feito outra, dias anteriores, segundo as quais, o político antecipou a  tomada  posse há  9 de janeiro,  na altura do seu regresso, em detrimento de 15 deste mês, como havia anunciado.

RECOMENDAÇÕES

Começa esta segunda-feira, 13, os três dias de manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, que termina quarta-feira, 15, data da tomada de posse de Daniel Chapo, como quinto presidente de Moçambique, cuja investidura será feita pela presidente do Conselho Constitucional, Lúcia Ribeiro.

Venâncio Mondlane apelou a  Polícia, que faça a sua parte, em defesa dos direitos dos cidadãos e na garantia da ordem pública.

Sobre o tipo de manifestações, reiterou serem pacíficas, mas deixou claro, caso haja brutalidade policial, poderá haver revolta popular, em jeito de retaliação, justificando que têm sido mortas várias pessoas inocentemente, fruto da postura dos agentes da polícia, com ordem das autoridades do seu país.

REQUISITOS PARA O DIÁLOGO COM AS AUTORIDADES E OUTROS PARTIDOS

Venâncio Mondlane defende uma agenda que vai acomodar o bem-estar do povo, onde conste o compromisso nacional de construção de 3 milhões de casas em 5 anos e  uma verba de até 600 milhões de dólares  para empresários  que foram vítimas de vandalização.

"Compromisso nacional de uma linha de financiamento de até 500 milhões de dólares,  para micro e pequenas empresas de jovens homens e mulheres em 5 anos", é outra proposta que deixa em aberto, unindo a obrigatoriedade do governo em orientar a  libertação incondicional dos mais de 5 mil detidos durante as manifestações, bem como, oferta grátis de tratamento médico e medicamentoso para as pessoas feridas pela brutalidade da polícia, durante as manifestações.

Finalmente, Venâncio Mondlane, explicou que, o diálogo terá lugar caso haja um compromisso aberto e sincero, para a compensação financeira da população que perdeu seus parentes, durante os protestos.

Para tal, exige que seja levada a parlamento, para a discussão e aprovação, de modo a que possa constar numa resolução ou lei, para maior segurança.

 

Redacção Ponto de Situação

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