DESCONHECIDA A ORIGEM DO SURTO

DOENÇA MISTERIOSA NA RDC CONTINUA A FAZER VÍTIMAS MORTAIS

A República Democrática do Congo, regista mais de 400 casos de uma doença considerada de misteriosa,com origem e causas ainda por se apurar.

Os sintomas desta doença, que está a causar várias vítimas mortais, são semelhantes a pneumonia aguda, gripe, COVID-19, sarampo e malária.

Os pacientes apresentam dificuldade de respirar, febre, tosse, dor de cabeça e anemia. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que entre 24 de outubro e 5 de dezembro, foram registadas 406 casos desta doença desconhecida.

As autoridades sanitárias da República Democrática do Congo, informaram a OMS sobre a existência deste surto, somente a 29 de novembro, o que de certa forma, está a ser vista como um dos factores que dificultaram até ao momento a identificação da doença.

Relativamente aos dados dos cidadãos que perderam a vida, a OMS registou 31 mortos, mas as autoridades sanitárias deste país, incluindo os pacientes que morreram fora dos hospitais, calculam em pelo menos 71 pessoas.

“Nesta fase, também é possível que mais de uma doença esteja a contribuir para os casos e mortes”, alertou a OMS.

Os técnicos da Organização Mundial da Saúde, em parceria com as autoridades locais, estão a trabalhar para identificação da doença o mais rápido possível e dar assistência médica aos pacientes.

Uma das grandes dificuldades encontradas no terreno, tem a ver com a falta de um laboratório na província do Kwango, o epicentro da doença.

Em função desta realidade, as amostras estão a ser enviadas para o laboratório nacional em Kinshasa, a cerca de 700 km de distância, o que vai retardar o processo.

“Temos um atraso de quase cinco a seis semanas e, em cinco a seis semanas, muitas coisas podem acontecer”, afirmou o Dr. Jean Kaseya, director-geral dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC).

Para Matshidiso Moeti, directora regional da OMS para o continente africano, a luta actualmente consiste na identificação das causas, entender seus modos de transmissão e garantir uma resposta apropriada o mais rápido possível.

A responsável apela a necessidade de se prestar apoio às famílias que enfrentam o surto.

 

 


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