CONFLITO DE OPINIÕES EM TORNO DA COCEIRA NAS MÃOS COMO SINAL DE QUE VAI RECEBER DINHEIRO

Cidadãos em Luanda apresentam diferentes opiniões sobre a crença de que coceira nas mãos é sinal de que alguém está prestes a receber dinheiro.

Por: Angelino Katchama

Nesta segunda-feira, 19 de maio de 2025, a equipa de reportagem do “Ponto de Situação” deslocou-se ao município da Samba, com a finalidade de ouvir dos populares se é mito ou verdade associar a coceira nas mãos ao recebimento de dinheiro.

Os cidadãos apresentaram opiniões divergentes em relação ao tema.

Emília Miguel, de 45 anos, fiel da Igreja Adventista do Sétimo Dia, defende que a crença na coceira das mãos como sinal de dinheiro é uma prática mágica e critica quem acredita nesse tipo de manifestação.

“Ora vejamos, nada vem do nada, porque a Bíblia é bem clara e narra que cada um deve comer do suor do seu rosto”, disse a seguidora de Cristo.

De acordo com Fátima Caculo, “é uma grande mentira” a ideia de que coceira nas mãos é sinal de que alguém vai receber dinheiro.

“Eu não acredito nisso, e nunca vou acreditar, na qualidade de cristã”, afirmou Fátima.

Já Cláudia Paulo, estudante do ensino médio, a frequentar o 4.º ano do curso de teatro no Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), pensa de forma diferente. Para ela, coceira nas mãos é, sim, um sinal positivo.

“Sempre que sinto coceira nas mãos, é porque vou receber dinheiro. Então, não tenho dúvidas de que isso é um sinal claro de que estou prestes a receber alguma quantia”, referiu a estudante de teatro.

A jovem, amante da arte de representar, afirmou que a crença na coceira não é recente, e entende que tudo depende da consciência de cada um.

Cláudia esclarece que cada pessoa tem o livre-arbítrio para discernir as coisas, mas mantém a  crença na ligação entre coceira nas mãos e o dinheiro.

Salvador Domingos, por sua vez, considera um mito, e garante que não há necessidade de se acreditar nesse tipo de crenças.

“Tudo o que nós pensamos se materializa. Tudo o que temos é fruto do que atraímos com os nossos pensamentos. Então, não acredito na coceira”, esclareceu o topógrafo.

O jovem, que trabalha como auxiliar de topografia, acredita que não existe sorte, mas sim a chamada lei da atração.

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