A FLEC-FAC desmentiu esta segunda-feira, 27, as declarações do Director de Comunicação Institucional e Imprensa do SIC, sobre a eventual carta que terá sido remetida a esta organização, por parte do líder de um alegado grupo, que tencionava desenvolver acções de terrorismo, em Luanda e Huambo.
Para a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC-FAC), as declarações de Manuel Halaiwa, demonstram a “obsessão” do Estado angolano em apontar frequentemente esta organização a responsabilidade, quer seja, directa ou indirecta dos problemas do país, com realce para o clima de insegurança.
No comunicado assinado pelo Secretário Geral, Jacinto António Teca, em que o Ponto de Situação teve acesso, consta que o raio de actuação da FLEC-FAC, é somente no território de Cabinda e considera que Angola é outro Estado, por isso, esta organização não pode se envolver nos assuntos internos.
“Manuel Halaiwa deveria ter referido que a FLEC combate Angola, como potência colonizadora e ocupante de Cabinda”, sublinha.
Para além desta organização, o SIC cita que Joel, apontado como o responsável da organização, recai sobre si, ligações com outros grupos terroristas em África e chegou de solicitar apoio militar ao Burkina Faso, tendo sido recebido alegadamente por Ibrahim Traoré.
Pelo que foi posto a circular, existem cartas, que comprovam o crime, como um documento que terá sido enviado a Coreia do Norte, para que Joel pudesse manter encontro com o presidente deste país, Kim Jong-un.
Para o SIC, são no total sete indivíduos acusados de arquitectar esta operação, cujo foco principal, seria atacar a Presidência da República, embaixada americana, Refinaria de Luanda, subestação eléctrica do Huambo, a Assembleia Nacional e o Hotel Intercontinental.
Manuel Halaiwa garante que dos sete detidos, fazem parte também do grupo, um subinspector da Polícia Nacional do Comando Provincial do Huambo, um funcionário do Ministério da Justiça e dois funcionários do Centro de Desminagem do Huambo.
Os explosivos presumem-se que sejam de origem russa, alemã, inglesa e portuguesa.
"Muitas dessas granadas não são utilizadas pelas nossas Forças Armadas Angolanas", revelou Manuel Halaiwa.