Deputados do Partido CHEGA, remeteram um requerimento com carácter de urgência, na Assembleia da República Portuguesa, para que o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros deste país, seja chamado para justificar as razões de ter participado na tomada de posse do quinto presidente de Moçambique.
Paulo Rangel, em representação do líder de Portugal, é das poucas figuras estrangeiras que marcou presença há 15 de janeiro, em Moçambique, na investidura de Daniel Chapo, pelo Conselho Constitucional.
A cerimónia decorreu num ambiente de manifestações por parte dos cidadãos, por acharem que o verdadeiro vencedor do pleito eleitoral de 2024, foi Venâncio Mondlane.
Para os deputados do partido CHEGA, Ricardo Pinto e Gabriel Ribeiro, o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, deveria estar ausente da cerimónia, porque os resultados divulgados pelo Conselho Constitucional, foram considerados de fraudulentos.
Para o Coordenador da Comissão de Negócios e Estrangeiros do CHEGA, Ricardo Dias Pinto, com a presença do ministro em Maputo, revela uma quebra da neutralidade da política externa de Portugal e perante este ambiente de contestação dos resultados, a opção seria não marcar presença.
Outrossim, os deputados do CHEGA, esperam que o ministro esteja no parlamento para esclarecer a situação.
"Todos sabemos que o povo está com a oposição liderada por Venâncio Mondlane", disse o deputado Gabriel Ribeiro e declara que o governo moçambicano e o partido FRELIMO, estão isolados.
O deputado garantiu que os resultados divulgados em dezembro de 2024, pelo Conselho Constitucional de Moçambique, de acordo ao que chegou ao seu conhecimento foram fraudulentos e a pesar deste contexto, o ministro decidiu participar da cerimónia de tomada de posse.
O parlamentar português, considera este gesto como validação de "regime que cometeu fraude" e terá assassinado em três meses, cerca de 300 manifestantes e outros ficaram feridos.
"O governo português com esta atitude validou este regime", acresceu e acusou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, de não tratar com devido respeito o político Venâncio Mondlane, ao ponto de considerá-lo de populista.
Recordar que, o Parlamento português, antes da tomada de posse de Daniel Chapo, aprovou uma resolução de Iniciativa Liberal que solicitou ao governo para não reconhecer os resultados das eleições gerais de Moçambique e outra do Chega que pede a "recontagem transparente" dos votos.