O Centro de Democracia e Desenvolvimento (CDD), confirmou esta terça-feira,14, a denúncia que havia feito nas Redes Sociais, segundo a qual, o presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, teria recebido 219 milhões de meticais, para vender a luta pela justiça eleitoral.
As especulações começaram desde o momento em que Venâncio Mondlane denunciou que Albino Forquilha, estava agir sem ter em conta o acordo rubricado entre as partes, antes das eleições de 2024 e dizia ter provas suficientes das irregularidades que o líder do PODEMOS está a cometer.
Posteriormente, o assessor de Venâncio Mondlene, Denis Tivane também veio a público, acusar o líder do PODEMOS de traição, sem naquela altura dar detalhes em volta desta problemática.
Dias depois, circularam áudios de presumiveis Moçambicanos, que ligaram a Albino Forquilha, a questionar quanto teria recebido da FRELIMO, em troca do alegado silêncio e foi desafiado a dizer o valor que gostaria que o povo disponibilizasse para recuar do alegado acordo com o partido que lidera Moçambique, a quase 50 anos.
Com a participação de Albino Forquilha, nos vários encontros convocados pelo presidente cessante de Moçambique, Filipe Nyusi e a redução da pressão sobre a exigência da verdade eleitoral, as desconfianças foram aumentando no seio da população.
Dias depois, pelo que apuramos, com a decisão de tomada de posse dos deputados do PODEMOS, que aconteceu esta segunda-feira,13, as acusações cresceram, sobretudo quando a RENAMO e o Movimento Democrático de Moçambique, negaram tomar posse.
Nesta senda, o CDD, procedeu na manhã desta terça-feira, 14, denúncia ao Gabinete Central de Combate à Corrupção de Moçambique, do alegado envolvimento de Albino Forquilha, em actos de corrupção.
"Como sabem, as pessoas envolvidas nesta operação são do partido FRELIMO", revelou o director do Centro de Democracia e Desenvolvimento de Moçambique, Adriano Nuvunga.
Aos jornalistas, disse que o líder do PODEMOS, para vender a luta pela Justiça Eleitoral, terá recebido 219 milhões de meticais, avaliado em kwanzas, em três mil milhões e cento e cinquenta e quatro milhões e quatrocentos e oito mil e novecentos e trinta e três kwanzas e quarenta e seis cêntimos.
"Existem alguns elementos que mostram que o dinheiro foi depositado na conta do Albino Forquilha e (...) está a comer este dinheiro", argumentou o director do CDD.
Numa altura em que aumentam os protestos em Moçambique, com vítimas mortais e danos materiais, segundo o Centro de Democracia e Desenvolvimento (CDD), os dados em posse provam a existência de corrupção política e eleitoral, que constitui crime de acordo a legislação deste país.
Para esta organização, o Gabinete Central de Combate à Corrupção, deve investigar para responsabilizar os responsáveis desta acção e recuperar o dinheiro, por cogitar que a FRELIMO terá retirado dos cofres do Estado.
"Eles (os membros do governo), não quiseram pagar o décimo terceiro salário da função pública, porque o dinheiro foi dado ao presidente Albino Forquilha", declarou o director do CDD, que prometeu seguir o processo até ao fim.
Adriano Nuvunga espera por parte da população, que prossigam com as denúncias sobre corrupção ou violação dos direitos humanos, para que esta organização continue a fazer o seu trabalho, em prol de Moçambique.
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