As Centrais Sindicais ameaçam activar a terceira fase da grave nacional, se os trabalhadores da função pública receberem o salário de janeiro, sem o reajuste dos 25 por centos.
O Secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Pedro Filipe disse na sexta-feira, 3, que a implementação do reajuste depende da aprovação do pacote legislativo na assembleia nacional, por isso, não há condições para os trabalhadores da função pública, serem pagos nestes moldes, a partir deste mês.
Pedro Filipe esclareceu que o acordo estabelecido com as centrais sindicais, foi adiado com prévia comunicação, por defender que têm mantido diálogo permanente e promete que os trabalhadores da função terão os valores ao longo do primeiro trimestre.
Em reação, este sábado, 4, o Sindicatos dos
Professores, Médicos, Jornalistas, Oficiais de Justiça e Trabalhadores do sector Eléctrico, disseram que a decisão os pegou de surpresa.
Para os sindicalistas, havia tempo suficiente para que o governo reunisse as condições com vista a honrar com o acordo aprovado em maio do ano passado.
Sobre o suposto diálogo que tem sido mantido com as centrais sindicais, neste capítulo, referem que desconhecem "qualquer acordo adicional feito entre a equipa do governo" e os representantes dos trabalhadores, para alargar o prazo do reajuste salarial.
A questão que preocupa os sindicatos, tem a ver com o facto do valor previsto estar cabimentado no Orçamento Geral do Estado (OGE) para o presente ano.
Neste quesito, na sexta-feira, 3, em nome do governo, Pedro Filipe explicou que a inserção da percentagem no OGE é um caminho dado para a efectivação deste processo e seguir-se-a outros momentos, ao longo deste primeiro trimestre.
Perante esta problemática, as Centrais Sindicais almejam anunciar a terceira fase da grave a nível nacional, se a folha salarial provisória de janeiro, fechar sem que os valores estejam reflectidos na percentagem de 25 por centos.