Vladimir Putin e o seu homólogo da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, assinaram na sexta-feira, 6, um acordo para este país acolher dezenas de armas nucleares da Rússia.
Por: João Agostinho
A Rússia que continua em conflito com Ucrânia, tem um dos grandes aliados, a Bielorrússia, um território que Putin considera como um forte aliado e estratégico para a sua diplomacia.
Com o tratado, uma das cláusulas, dá garantias de segurança à Bielorrússia e a possibilidade deste utilizar as armas nucleares russas em caso de um eventual conflito com um país vizinho.
"Avisei todos os meus inimigos, 'amigos' e adversários: Se pisarem a fronteira, a resposta será instantânea", disse o Presidente bielorrusso, após o acordo assinado.
Os mísseis balísticos intercontinentais com ogivas nucleares, que a Rússia enviará a Bielorrússia, tem a capacidade de destruição de cidades inteiras e presume-se que poderão ser utilizados eventualmente no conflito com a Ucrânia.
A instalação de armas nucleares táticas na Bielorrússia, que tem uma fronteira de 1.084 quilómetros com a Ucrânia, permitirá que os aviões e mísseis russos atinjam alvos potenciais mais fácil e rapidamente se Moscovo decidir utilizá-los.
Durante a assinatura do pacto de segurança, Lukashenko pediu a Putin para instalar armas mais avançadas na Bielorrússia, incluindo o míssil balístico de alcance intermédio 'Oreshnik', que a Rússia utilizou pela primeira vez em novembro contra a Ucrânia.
Putin considera que "um número suficiente destes sistemas de armas avançados torna a utilização de armas nucleares quase desnecessária".
Lukashenko, que tem contado com suporte de Moscovo, em vários sectores da sociedade, possui militares a lutarem ao lado da Rússia desde 2022, na Ucrânia.
Com esta iniciativa, os dois países estreitaram as relações que dura anos.
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