DETIDA FUNCONÁRIA DO SME NO BENGO ACUSADA DE ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA E TRÁFICO DE INFLUÊNCIA

O Serviço de Investigação Criminal (SIC), procedeu nas instalações do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) do Bengo, a detenção em flagrante, a 3ª Subchefe desta instituição, por estar envolvidas alegadamente em associação criminosa e tráfico de influência.

Imagem:Braima Darame/DW

A mesma, colocada no posto de atendimento da secção de Expediente migratório, é acusada dos crimes de Corrupção passiva de funcionário público, Associação criminosa, Auxílio à imigração ilegal, tráfico de influência e contrafacção, por fortes indícios do seu envolvimento num esquema fraudulento de emissão de passaportes e outros actos migratórias em troca de valores.

A detenção decorreu, porque foram encontrados no porta bagagem da sua viatura, diversos documentos, que entre os apreendidos constam: Pedidos de autorização de residências (de estrangeiros); Passaportes de cidadãos estrangeiros; Solicitações de Prorrogações de Visto de Trabalho, Formulários de Pedido de Visto ( virgens e preenchidos); Formulários para Emissão de Passaportes, Cópias de passaportes de cidadãos estrangeiros; Processos de concessão de passaportes ordinários para menores; Processos de pedido de visto de permanência temporária para estrangeiros; Solicitação de cancelamento de visto de trabalho, Formulários preenchidos para emissão de passaportes, uma almofada de colheita de impressão digital, assim como Vinhetas com assinatura do antigo Director Geral do SME.

Na sequência investigativa de mandados de revista, foram apreendidos na residência desta, 3 passaportes, emitidos nos meses de Agosto e Novembro, passados em nome de dois adultos e uma menor, presumivelmente conexos com os factos anteriores.

A detida, foi presente ao Ministério Público, na sequência ao Juiz de Garantias que lhe aplicou a medida de Caução, de 300 mil kwanzas, seguindo o processo para instrução preparatória.

Desta forma, o SIC apela aos cidadãos que no âmbito da estratégia de pureza interna que decorre a nível de todos os órgãos do Ministério do Interior, os cidadãos são chamados a denunciar todas as práticas que alterem a ordem e tranquilidade públicas.

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